Com a chegada do verão, aquela cena de crianças correndo em meio a jatos d'água está mais perto de ocorrer no centro de Porto Alegre. Detalhes impedem o religamento do chafariz ao lado do Mercado Público.
Desde fevereiro de 2022, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) vem realizando obras para reativá-lo. Toda instalação está sendo refeita.
É fácil identificar o andamento dos trabalhos, pois eles são visíveis por quem passa pelo Largo Glênio Peres. Um trecho de 40 metros da calçada está interditado para a realização dos trabalhos. Toda a área isolada já foi concretada.
Os operários realizam agora a colocação de grelhas entre as placas de concreto. Este serviço é rápido e será concluído em breve.
Mas falta ainda iniciar a fase de automação do equipamento. Testes de funcionalidade elétrica, ligação das luzes e sons serão realizados. Estão sendo investidos R$ 480 mil.
Porém, estes materiais ainda não foram recebidos. E, por enquanto, não há previsão. Sem eles, o Dmae não consegue concluir o serviço. Quando eles chegarem, a instalação deverá ser rápida, em torno de uma semana.
Para evitar que veículos passem por cima das placas de concreto onde estão os jatos d'água, floreiras, árvores, lixeiras e bancos devem ser instalados. A circulação de veículos por sobre o chafariz foi um dos problemas que dificultaram os equipamentos na primeira vez que foram ligados.
A reforma deveria ter sido concluída em maio. Mas os trabalhos precisaram ser suspensos por cerca de dois meses para realização de feiras e eventos na região. Além disso, o inverno chuvoso também atrapalhou os planos.
Como funciona o chafariz
Os 19 jatos d’água que jorram do chão serão abastecidos por um reservatório de 12 mil litros instalado no subsolo do largo. Eles serão operados por um conjunto de bombas elétricas, que ficará dentro do Mercdo Público. A água utilizada no chafariz é recolhida e conduzida ao reservatório para reaproveitamento.
Sete anos desligado
Instalados há 10 anos a partir de uma parceria com a Vonpar, os equipamentos foram desativados em 2015, quando o Brasil enfrentava uma crise de abastecimento e as pessoas, sem entenderem que a água era reaproveitada, se indignavam com o suposto desperdício. Outra queixa ocorria quando o dispositivo era ligado e molhava quem passava pelo Largo Glênio Peres.
O Dmae também reconheceu que o projeto anterior apresentava falhas para operar. O diagnóstico dos técnicos é que isso ocorria porque as bombas não funcionavam adequadamente por causa do acúmulo de lixo.