Mistério. A partir de agora, as informações sobre o processo judicial que envolve as obras do entorno da Arena do Grêmio são sigilosas.
A decisão foi tomada pela juíza Nadja Mara Zanella, da 10a Vara da Fazenda Pública, na última sexta-feira (10), durante audiência pública entre as partes envolvidas. De acordo com informações colhidas pela coluna, o pedido - que foi coletivo - foi acatado pela magistrada.
"A assessoria da magistrada informa que por requerimento das partes, a fim de viabilizar a continuidade das tratativas, o processo passou a tramitar em segredo de justiça a partir de hoje. Por esse motivo, não poderão nos fornecer informações sobre a audiência realizada", informou a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado.
Das pontas soltas, havia divergências entre Grêmio e Arena Porto-Alegrense. O motivo é a demora na entrega de documentos ao Tricolor. Esse material é fundamental para que o clube gaúcho possa apresentar a proposta de aquisição antecipada da gestão do estádio aos conselheiros do clube.
O atual contrato do Grêmio com a OAS prevê 20 anos de exploração comercial pela construtora. Sendo assim, a Arena Porto-Alegrense ainda administraria o estádio até 2033. Porém, a antecipação da gestão por parte do Tricolor é vista como fundamental para que a construtora tenha dinheiro para conseguir concluir as obras do entorno do complexo esportivo que foi construído.
Também havia desentendimento entre a prefeitura de Porto Alegre e a Arena Porto-Alegrense. A limpeza em uma casa de bombas deveria ser finalizada em agosto pela empresa contratada pela administradora do estádio. Mas, em julho, as obras foram encerradas. O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) reclama, dizendo que o serviço acordado foi realizado de forma parcial. Já a Arena Porto Alegrense entende que os trabalhos feitos foram concluídos.