Sinaleiras inteligentes foram retiradas de quatro regiões de Porto Alegre. Elas estavam instaladas na região do bairro Menino Deus.
Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o motivo do desligamento foi o fim da parceria com a empresa austríaca Kaptsch. Desde fevereiro ocorreria um estudo alternativo na Avenida Érico Verissimo, entre General Cadwell e Marcílio Dias; na região da Rótula do Papa; no cruzamento da Érico Verissimo com a rua Botafogo; e nas ruas Corrêa Lima/José de Alencar com Mariano de Matos.
O teste, gratuito, servia para verificar e conhecer a tecnologia, para saber se atendia as necessidades da EPTC, para que futuramente pudesse ser realizada uma licitação para contratar o serviço.
O sistema permitia alteração automática dos tempos das sinaleiras segundo leituras de câmeras que funcionavam como detectores virtuais. Do Centro de Controle e Monitoramento da Mobilidade, a EPTC podia acompanhar as sinaleiras e interferir, on-line, nos equipamentos.
"Em razão da pandemia, a empresa não conseguiu cumprir com a entrega dos módulos inteligentes previstos para a segunda fase do contrato de testes e eles foram suspensos. Como o teste estava na primeira etapa, os controladores ainda não haviam sido acionados para trabalhar no modo inteligente. O parecer do teste assim que concluído será divulgado", informou a EPTC.
Tecnologia
Há algum tempo, a EPTC vem buscando um modelo a ser implementado na cidade. Um deles está em vigor desde 2016. Na Avenida Nilo Peçanha, 12 pontos de cruzamento contam com um equipamento chamado Sistema de Controle de Tráfego Adaptativo em Tempo Real (Scats, sigla em inglês).
Segundo a EPTC, ele permite identificar o volume de veículos e reorganizar os tempos. O investimento, de R$ 300 mil, foi uma contrapartida da obra de ampliação do Shopping Iguatemi.
Em 2019, a prefeitura lançou um novo chamamento para que empresas apresentassem novos estudos. Os equipamentos deveriam ser capazes de calcular defasagens, ciclos e tempos de verdes dos semáforos, "considerando as condições de rede de sincronismo pré-estabelecidas pela EPTC".
Até o começo de 2021, mais de 1,3 mil das quase 1,4 mil sinaleiras integravam alguma rede com ciclos pré-programados, conforme a movimentação das vias ao longo do dia. Determinados pela EPTC, esses tempos podem ser alterados de forma manual — o que ocorre apenas quando há problemas pontuais.