Metrô, estacionamentos subterrâneos, nova ponte para ligar Porto Alegre a Barra do Ribeiro. A lista de obras prometidas que nunca saíram do papel na Capital é extensa.
Uma delas, porém, pode estar deixando essa relação. A ampliação da Avenida Ipiranga voltou para o radar. O assunto vem sendo tratado pelas secretarias municipais de Mobilidade e Obras.
Para que a proposta deixe de ser promessa, não basta apenas ter os recursos necessários. A prefeitura precisa convencer a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a aceitar a obra. Isso, porque, a ampliação da avenida, se for executada, irá dividir o campus ao meio.
Sempre resistente a aceitar a ampliação, a UFRGS sinaliza uma mudança de postura, a partir de uma aproximação maior que tem ocorrido com a prefeitura. Em 19 de julho, o prefeito Sebastião Melo se reuniu com o reitor Carlos André Bulhões. Na ocasião, Bulhões deixou a porta aberta.
- A UFRGS tem vários terrenos. A prefeitura também. Há intenção de fazermos parceria. Uma das possibilidades é a permuta - diz o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Pablo Mendes Ribeiro.
Porém, o caminho é longo. Quem irá decidir pela liberação da área é o patrimônio público da União. Também é necessário colher votos favoráveis dos diretores das faculdades do campus da Agronomia.
A ideia da obra surgiu a partir de conversas de moradores em 2011. Ganhou força em setembro de 2013, quando uma audiência pública debateu a ampliação da avenida.
Entre 2013 e 2014, a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) chegou a realizar reuniões técnicas com integrantes da prefeitura e da UFRGS. Na época, a Metroplan chegou a estimar um custo de R$ 30 milhões entre obras e reassentamentos necessários para expansão.
Foram consideradas duas ligações alternativas. Uma delas, mais próxima da Avenida Bento Gonçalves, usaria vias internas do campus em busca de uma conexão com a extensão da Avenida Ipiranga. A outra foi considerada muito cara, pois fica na região mais elevada, com grandes impactos ambientais, o que fez com que o prolongamento ficasse inviabilizado.
Quais são as 10 obras que nunca saíram do papel:
01) Portais da Cidade.
02) Metrô;
03) BRT (transporte rápido de ônibus);
04) Ampliação da Avenida Castello Branco;
05) Perimetral Metropolitana;
06) Prolongamento da Avenida Ipiranga até Viamão;
07) Aeromóvel até a Arena do Grêmio;
08) Aeromóvel para a zona sul de Porto Alegre;
09) Estacionamentos subterrâneos;
10) Nova ponte sobre o Guaíba para ligar Porto Alegre a Barra do Ribeiro.