A Justiça Federal marcou as datas das primeiras audiências para definir o futuro das famílias que precisam ser reassentadas por causa das obras da nova ponte do Guaíba.
O juiz Hermes Siedler da Conceição Júnior atendeu pedido do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e agendou o primeiro encontro para 12 de julho.
Nesta reunião, todas as 600 famílias serão convidadas a conhecer a proposta financeira que a autarquia tem para oferecer em troca dos terrenos nas Vilas Areia e Tio Zeca por onde a nova ponte do Guaíba ainda precisa passar.
Já as audiências individuais foram marcadas para os dias 13, 14, 15 e 16 de julho. Em março, a autarquia depositou o valor do reassentamento das primeiras 59 famílias que deixarão as Vilas Areia e Tio Zeca. Porém, pediu para que os encontros só começassem no segundo semestre de 2021.
Só para a remoção das famílias, o Dnit precisará de aproximadamente R$ 100 milhões. Já para a construção são estimados outros R$ 100 milhões. Até agora foram investidos R$ 769 milhões na obra.
O contrato com o consórcio Ponte do Guaíba chegou ao fim em abril e não foi renovado. O Ministério de Infraestrutura já confirmou que as obras serão finalizadas por quem vencer o próximo leilão de rodovias federais gaúchas, estimado para o segundo semestre do ano que vem.
Quando a obra for retomada, a previsão é que ainda sejam necessários mais oito meses de trabalho. O Dnit apresentou um cálculo que para finalizar as obras é necessário remover ao menos 400 famílias.
Falta ainda a construção de quatro alças da elevada. Um dos trechos mais importantes que ainda não está liberado é o de quem vem do Centro de Porto Alegre pela Avenida Castello Branco e pretende seguir em direção a Eldorado do Sul.