O valor da duplicação de 50 quilômetros da BR-116, em Guaíba, foi reajustado. A obra está sendo desenvolvida pelo Exército desde o começo do ano passado.
O primeiro termo aditivo foi assinado entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Comando Militar do Sul (CMS) no final do mês passado. De acordo com o documento, a obra custa agora R$ 209,77 milhões, um aumento de R$ 2,29 milhões.
Segundo o CMS, o acréscimo é decorrente de uma revisão de projeto, procedimento comum na fase de execução das obras, devido à necessidade de serem implementados pequenos ajustes no projeto inicialmente elaborado.
Os principais serviços que sofreram reajustes foram terraplenagem e pavimentação. O aumento foi de 1,11% do valor inicial da obra.
"Em relação à terraplenagem, foi alterada a camada drenante de areia, prevista em projeto, por aterro em rocha. No que se refere à pavimentação, foi alterada, por solicitação do Dnit, a composição do asfalto prevista no projeto da obra, passando de asfalto convencional para asfalto polimérico, no intuito de propiciar maior resistência e vida útil ao pavimento da estrada", informa comunicado do CMS.
Dos 50 quilômetros de responsabilidade do Exército, 15 já estão duplicados e liberados. A primeira entrega, de 5 quilômetros, ocorreu em abril de 2020. Em dezembro, outros 10,5 quilômetros.
Restam ainda 35 quilômetros para serem finalizados. Pela projeção do CMS, eles deverão ser concluídos no primeiro semestre de 2022.
A duplicação nos lotes um e dois era de responsabilidade da construtora Constran. Em recuperação judicial, a empresa não conseguiu obter o seguro garantia para retomar o contrato e teve seu vínculo rescindido com o Dnit em 17 de dezembro de 2018.
Dos 211,2 quilômetros em obras, os usuários da rodovia já usufruem de 121,9 quilômetros de pistas duplicadas. Isso representa 57,7% do trecho com pista dupla pronta.
A expectativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é concluir os 89,3 quilômetros da rodovia que seguem em obras até o final deste ano. Porém, o Exército já informou que o prazo da obra de sua competência é mais amplo.
Os contratos da duplicação foram assinados em 2009 ao custo de R$ 868,94 milhões. No começo de 2021, o montante para realizar a obra já chegava a R$ 1,57 bilhão, um aumento de 80,98% do total previsto. As obras entre Guaíba e Pelotas começaram em 2012 e deveriam durar dois anos.
Em agosto de 2020, o comandante Militar do Sul, general Valério Stumpf, ofereceu os militares do CMS para desenvolver mais obras ao Dnit no Rio Grande do Sul. Porém, a autarquia ainda não respondeu ao questionamento.
Uma das alternativas seria assumir o lote 5, em Camaquã. São 25 quilômetros com obras paradas desde julho de 2018. A empresa responsável, Brasília Guaíba, desistiu da construção por divergências com a autarquia. Somente 43% dos trabalhos foram realizados. O Dnit promete lançar uma nova licitação e acredita que os trabalhos serão finalizados ainda em 2021.