Nem toda a troca do pavimento do corredor de ônibus da Avenida João Pessoa, em Porto Alegre poderá ser realizada. Documento da equipe de obras viárias e de mobilidade da prefeitura - que a coluna teve acesso - relata que foram identificados dois pontos que não precisarão receber as intervenções previstas em contrato.
O primeiro deles fica na Avenida Bento Gonçalves com Avenida Princesa Isabel. Segundo avaliação feita, o pavimento em concreto neste local está em bom estado de conservação. Além disso, a obra causaria grandes problemas no trânsito na região. Também é descrito como "dificuldade" futura realizar a conservação do trecho se houver pavimento asfáltico e em concreto.
O segundo é entre a Avenida Princesa Isabel e Avenida João Pessoa. Neste trecho já há placas de concreto que, segundo a fiscalização da prefeitura, está em bom estado de conservação. Apenas uma delas precisaria de intervenção direta.
Nas demais, o documento aponta que a construtora deve fazer apenas a recuperação dos pontos que unem as placas, que são chamados de juntas. Novamente, a dificuldade em realizar a obra em um trecho de grande movimento é visto como um dificultador.
Nos últimos dias de dezembro, a construtora Sultepa encaminhou documentação para a prefeitura de Porto Alegre concordando com a sugestão dada pela fiscalização da obra.
- Há, sim, a possibilidade de aproveitamento das placas existentes, até por uma questão de custo. A fiscalização da secretaria, ao final de novembro, realizou um levantamento dessas placas com possíveis problemas. E, identificou aquelas cuja troca seria necessária - destaca o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Pablo Mendes Ribeiro.
Ainda segundo o secretário a obra está no prazo e fazer ou não as intervenções no asfalto não irá comprometer a data de entrega. Ele deverá fazer uma vistoria no local na próxima semana.
As melhorias estão ocorrendo em parte dos 2,2 quilômetros, entre a Avenida Bento Gonçalves e a Rua Desembargador André da Rocha há oito meses. A finalização do trabalho é prevista para maio de 2021.
A previsão é investir R$ 4,16 milhões do caixa da prefeitura na restauração. A obra, da Copa de 2014, perdeu o financiamento da Caixa depois de ficar seis anos parada. A prefeitura demorou muito tempo para retomar os serviços. Depois de vários alertas, o banco anunciou que estava suspendendo o contrato.