Demorou, mas, enfim, a Infraero puniu a empresa responsável pela pior obra executada no Aeroporto Salgado Filho. O aviso de penalidade foi dado quase quatro anos e meio depois da construção ter sido paralisada.
A obra em questão é a ampliação do terminal de passageiros, que foi executada ainda durante a gestão da Infraero. A empresa Castor Construtora e Incorporadora foi multada em 10% do valor do contrato, que corresponde a R$ 18,11 milhões.
Ela também foi suspensa de participação de licitação e ser contratada pelo governo federal pelo prazo de dois anos. A empresa era denominada à época da contratação como Construtora Espaço Aberto, mas, posteriormente alterou o nome para Castor Construtora e Incorporadora.
As obras começaram em outubro de 2013. A primeira etapa da ampliação deveria ter ficado pronta em maio de 2014. A construtora chegou a ser multada em R$ 161 mil por causa do atraso na primeira etapa do cronograma.
Até maio de 2016, quando todas as obras deveriam ter ficado prontas, apenas 15,49% dos trabalhos foram realizados. Houve ao menos 12 paralisações motivadas por greve dos operários que reclamavam das condições de trabalho. Pelo que foi executado, o governo federal desembolsou R$ 36,68 milhões. O contrato só foi encerrado em janeiro de 2017.
Em março de 2018, quando a Fraport deu início às obras no aeroporto, o presidente da empresa HTB, que integra o consórcio responsável pelos trabalhos no terminal, Detlef Dralle, avaliou que o que foi construído ficou muito tempo desprotegido. Se chegou a pensar reaproveitar a obra, mas o custo de correção seria maior do que fazer uma nova estrutura.