A flexibilização proposta pela prefeitura para os mais diversos setores de Porto Alegre ainda não tem previsão para chegar em uma oferta maior nos horários de ônibus. A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) garante que está fazendo um monitoramento constante.
Os números até aqui indicam que ainda é baixa a quantidade de passageiros transportados em comparação ao período anterior a pandemia. A ATP garante que as ampliações de horários que foram anunciadas até agora ocorreram após remanejamento e não porque houve ampliação. Somente na Carris houve incremento na oferta.
Essa situação deverá permanecer até que ocorra um desfecho na mediação que está sendo feita com a prefeitura. E hoje ela está condicionada ao repasse de um auxílio financeiro.
- As empresas se obrigaram a colocar em regime de lay off, ou de 25% de redução salarial, grande parte do contingente funcional, com o objetivo de reduzir o prejuízo. Para retroceder estes regimes, ou seja, voltando à situação normal, haveria um custo elevado para o retorno das tripulações - destaca o engenheiro de transporte da ATP, Antônio Augusto Lovatto.
De acordo com a associação, as concessionárias respondem hoje por 80% das linhas de ônibus e passageiros transportados. O restante é referente às viagens realizadas pela Carris.
Para tentar encontrar uma solução para o problema, a prefeitura sinaliza as mudanças partirão de aprovações de projetos na Câmara de Vereadores. A ideia é encontrar outras formas de remuneração para as empresas. Taxar corridas de aplicativos e cobrar pedágio no Centro Histórico são algumas das soluções.
O Executivo também propõe a liberação de receitas extra-tarifárias obtidas por meio de verbas publicitárias ou da compra de passe antecipado, mudanças na emissão do passe escolar, uma revisão da Lei do Sistema de Transporte Público de Passageiros de Porto Alegre (STPOA) e a permissão do uso de veículos menores em dias e horários com demanda de passageiros reduzida.