Depois de seis tentativas frustradas, enfim, o túnel construído para fuga do Presídio Central, em Porto Alegre, será fechado. O governo do Estado contratou a empresa Base Demolições.
A autorização para começo dos trabalhos deverá ser dada na segunda-feira (7) e deverão ser concluídos em 30 dias. A empresa receberá R$ 42,9 mil para fechar o buraco de 47 metros de comprimento, 0,70m de largura e 1,40m de altura. O valor é quase R$ 10 mil a menos do que o governo ofereceu nas últimas vezes que tentou contratar alguma empresa para fazer o serviço.
O túnel foi descoberto pela Polícia Civil em fevereiro de 2017, em meio ao carnaval. Um laudo feito por um engenheiro apontou a precariedade do buraco, que tinha alagamentos. Inclusive, a passagem de veículos na Rua Jorge Luis M Domingues causava instabilidade no solo "podendo desabar a qualquer momento e provocar danos na superfície pelo seu desmoronamento vindo a ferir pessoas e danificar veículos".
A investigação da Polícia Civil identificou que o túnel poderia resultar na maior fuga de presos da história do Presídio Central, com a passagem de 200 a mil detentos durante o carnaval daquele ano. A facção cobrava valores de outros grupos criminosos para que também fugissem.
À época da descoberta, a estimativa é de que faltavam cerca de 60 metros para alcançar a cadeia. A entrada do túnel foi fechada com concreto, mas o restante da escavação permanece aberto.