A sexta tentativa para fechar o túnel construído para uma fuga em massa do presídio Central de Porto Alegre restou novamente frustrada. A licitação foi realizada nesta semana e nenhuma empresa se manifestou.
Para frechar o buraco, o governo não alterou o valor que já havia oferecido nas duas vezes anteriores que tentou contratar uma empresa, no ano passado. Foram oferecidos R$ 52,47 mil para fechar os 47 metros que foram abertos em de 2017.
Nas primeiras tentativas, o valor máximo oferecido era de R$ 21,8 mil. Após contratar a empresa, a ideia do governo era fechar o túnel em 30 dias.
O túnel foi descoberto pela Polícia Civil em fevereiro daquele ano, em meio ao carnaval. Segundo o Instituto Geral de Perícias (IGP), o buraco possui 0,70m de largura, 1,40m de altura.
Em 2017, laudo feito por um engenheiro apontou a precariedade do túnel, que tinha alagamentos. Inclusive, a passagem de veículos na Rua Jorge Luis M Domingues causava instabilidade no buraco "podendo desabar a qualquer momento e provocar danos na superfície pelo seu desmoronamento vindo a ferir pessoas e danificar veículos".
A investigação da Polícia Civil identificou que o túnel poderia resultar na maior fuga de presos da história do Presídio Central, com a passagem de 200 a mil detentos durante o Carnaval de 2017. A facção cobrava valores de outros grupos criminosos para que também fugissem.
À época da descoberta, a estimativa é de que faltavam cerca de 60 metros para alcançar a cadeia. A entrada do túnel foi fechada com concreto, mas o restante da escavação permanece aberto.