Cada dia que passa, a negociação que chegou a ser dada como certa, para o Grêmio antecipar em 12 anos a gestão da Arena, encontra-se mais distante. Depois do último revés - o Ministério Público não aceitou a proposta do Tricolor sobre as obras do entorno -, um outro passo foi dado demonstrando que o acordo está bem longe de ocorrer.
Parte da área do estádio Olímpico está sendo emprestada para a prefeitura de Porto Alegre. A Carris começou a usar o espaço do estacionamento da antiga casa tricolor na segunda-feira (13). Já há 40 ônibus no local. Ao todo 98 veículos devem ocupar a região até o fim da semana. Eles estão sendo tirados de circulação até que sejam vendidos. Caberá à companhia fazer a segurança do local. O acordo tem duração até 31 de dezembro.
O acordo foi firmado em 10 de julho e contou com a assinatura do diretor-presidente interino da Carris, Gustavo Cochlar.
Quando assumir a gestão da Arena, o Grêmio irá repassar o estádio Olímpico para a empresa Karagounis, como forma de compensação pela construção da nova casa tricolor. Como prevê emprestar o terreno até o fim do ano para a prefeitura, o clube gaúcho indica que não prevê fazer negócio com a OAS em 2020.
Aliás, dentro do Grêmio há quem defenda que a compra da gestão da Arena não seja antecipada. No contrato há a previsão que, após a inauguração do estádio, o Grêmio tomaria posse 20 anos depois. Dessa forma, o Tricolor não se envolveria na polêmica das obras do entorno da Arena.