Menos trens antigos estão circulando entre as estações do Trensurb. E o motivo não é só o combate ao coronavírus, que manteve em distanciamento social profissionais que estão em grupos de risco e diminuiu a oferta de veículos. A empresa pública tem enfrentado dificuldade para conseguir peças de reposição.
Na terça-feira (14), dos 25 veículos da frota de 1984, 19 estavam à disposição. Cinco trens que estavam em manutenção aguardaram mais tempo para receber sapatas de freio, peças que tem a finalidade de diminuir a velocidade do veículo. A fábrica fornecedora está fechada por causa da pandemia. Já foi possível liberar mais trens. Nesta quinta-feira (16), 22 estão em uso. A Trensurb informa que, no momento, a situação não preocupa, porque a quantidade de veículos à disposição do usuário também diminuiu.
A frota é completada com nove dos 15 trens novos. Dos seis veículos parados, quatro estão com o consórcio construtor por ainda apresentarem problemas de fabricação. Ainda não há previsão de quando os trens novos serão devolvidos. Os outros dois estão em manutenção corretiva, um dos quais deveria ser liberado deverá ser devolvido ao sistema nesta quinta-feira (16).
A empresa também tem lidado com a queda na arrecadação. O mês de março fechou com prejuízo de R$ 4 milhões, em torno de 30% do faturamento do mês.
Apesar disso, a Trensurb descartou aumentar a passagem neste momento. A diretoria anterior da empresa já havia discutido o tema. Com a mudança de gestão, ainda antes da pandemia, o tema foi reavaliado. A decisão, por ora, é que a passagem seguirá custando R$ 4,20.