A prefeitura homologou e adjudicou o resultado da licitação para contratar quem ficará responsável por concluir a construção da trincheira da Cristóvão Colombo. O consórcio DDS Porto Alegre, formado pelas empresas Dobil e DW Engenharia, aguarda agora a assinatura do contrato e o recebimento da ordem de início para começar os trabalhos.
O consórcio foi o único participante da licitação. Se prontificou a executar a obra por R$ 2,48 milhões. O valor é R$ 2.099,99 a menos do que a prefeitura previa gastar. Os trabalhos estão 90% concluídos. Pelos cálculos da prefeitura serão necessários oito meses para finalizar, de vez, a passagem de nível.
Chama a atenção que o sócio da DW Engenharia está voltando para a obra. O engenheiro Wolney Moreira da Costa era diretor da EPT - Engenharia e Pesquisas Tecnológicas. Com as empresas Serenge e Serki, a EPT participou, de 2013 a 2016, da construção da trincheira. Diga-se de passagem que a participação de Costa é considerada legal, tanto que o resultado foi confirmado pela prefeitura. Ainda assim, Costa procurou a coluna para se manifestar a respeito:
- (A matéria) deixa uma ilação de que como ex-diretor de uma consorciada, que não teve interesse em dar continuidade aos trabalho, vem agora com outra participar. Ora, os motivos são claros. Na etapa inicial os consorciados realizaram projetos e com isso essa etapa sofreu um aditivo de supressão, com valores diferentes aos iniciais e tornaram os pagamentos por parte da prefeitura retidos, criando grandes dificuldades financeiras e que ocasionaram desistência de continuidade. A prefeitura precisando concluir os trabalhos lançou a licitação e deu em branco. Relançou. Como a Dobil já havia realizado trabalhos à comunidade mostrou interesse em executar essa etapa faltante de 10%. Entramos em um consórcio no qual cada um realiza o que sabe e, diga-se de passagem, ninguém sabe mais dessa obra do que eu logo havia possibilidade dessa afinidade o que viabilizou a licitação. Assim sendo espero concluí-la e entregar a cidade uma bela obra de arte especial - diz Costa
Entre os serviços que ainda precisam ser executados na obra estão o alargamento da Cristóvão Colombo, entre as ruas Honório Silveira Dias e Luzitana, e a construção de muros de contenção e do acesso bairro - sul.
Anos de espera
O contrato para a execução da trincheira foi assinado em agosto de 2012, mas a ordem de início só foi dada em março de 2013. Na época, a previsão era de um ano de serviço. Os desvios no trânsito ocorreram em julho daquele ano, mas as obras começaram só depois da Copa do Mundo, no segundo semestre de 2014.
Em outubro de 2016, com 85% de execução, os trabalhos pararam. Mas só em fevereiro de 2018 é que o consórcio de empresas anunciou a desistência da obra sob a alegação de dificuldades financeiras.
A trincheira ficou dois anos abandonada e a construção só foi retomada após mobilização de empresários e da comunidade. Os trabalhos ocorreram entre dezembro e maio de 2019, quando o trânsito foi liberado embaixo da Terceira Perimetral.