Com a divulgação do edital que pretende contratar empresa que ficará responsável pela administração e manutenção de 220 quilômetros da BR-101 catarinense, o gaúcho já sabe a partir de quando o deslocamento até Florianópolis ficará mais caro.
Pela projeção da Agência Nacional de Transportes Terrestres, o leilão será realizado em 21 de fevereiro de 2020. A assinatura do contrato com a empresa vencedora é estimada para 28 de maio, data que marca o começo da administração da rodovia.
A partir do início da concessão, a nova administradora da BR-101, entre Paulo Lopes e São João do Sul, terá um ano para começar a cobrar pedágio. Serão quatro praças que serão construídas em Laguna, Tubarão, Araranguá e São João do Sul. A tarifa máxima do pedágio prevista para carros será de R$ 5,19 em cada um dos quatro pontos de cobrança.
Além destas quatro praças, o deslocamento até Florianópolis conta ainda com o pedágio de Palhoça, que custa R$ 2,70. No Rio Grande do Sul, a freeway tem a praça de Gravataí, que irá mudar de lugar até 15 de agosto de 2020; a praça de Santo Antônio da Patrulha, que passará a ter cobrança de R$ 4,40 em ambos os sentidos a partir da mesma data. A BR-101 do Rio Grande do Sul terá sua primeira praça de pedágio em Três Cachoeiras e custará R$ 4,40.
Com isso, o deslocamento entre Porto Alegre e Florianópolis que hoje conta com três praças de pedágio e que custa R$ 15,90, passará a ter oito postos de cobrança e gasto de R$ 36,66 a partir de 28 de maio de 2021.
Os valores ainda não são definitivos. Um dos motivos é que os contratos já em vigor passarão por reajuste da inflação a partir de 2020, o que pode aumentar o valor. Por outro lado, o governo federal espera que a concorrência do leilão faça com que a empresa vencedora apresente um valor menor de tarifa, assim como ocorreu com a CCR ViaSul, que apresentou proposta 40% mais baixa do que teto estipulado pela ANTT.
Antes da cobrança na BR-101, o vencedor terá seis meses para oferecer socorro mecânico, atendimento médico de emergência, sistema de informações e comunicação ao usuário. No primeiro ano, que antecede o início da cobrança, serão realizados reparos no pavimento e acostamento, adequação da sinalização, recuperação emergencial de pontes, viadutos e drenagem, além da limpeza da faixa de domínio.
A concessão valerá por 30 anos. No período, serão investidos R$ 2,9 bilhões. As obras previstas para serem executadas dentro de período de concessão são as seguintes: implantação de 3ª faixa e, um trecho de 41 quilômetros, implantação de 74 quilômetros de vias marginais, construção de passarelas, rotatórias, entre outras obras.