Usuários, comerciantes e futuros interessados em participar da primeira licitação da estação rodoviária de Porto Alegre vão precisar esperar mais tempo para ver o lançamento da concorrência pública. Em abril, quando uma audiência pública para discutir o tema foi realizada, a previsão do Palácio Piratini era ver o edital na rua em setembro.
Agora, se tudo der certo, é possível que a disputa seja realizada até o fim do ano. Alguns entraves surgiram no meio do caminho.
Um deles envolve a prefeitura de Porto Alegre. Dentro do pacote de contrapartidas, que foi apresentado pelo município, não está claro quanto o vencedor do leilão precisará desembolsar para executar as obras no entorno do terminal.
Uma lista extensa de melhorias foi apresentada. Porém, a avaliação feita é que, se todas fossem executadas, elevariam muito o gasto do novo gestor da rodoviária, afastando possíveis interessados.
Outra dificuldade envolve a necessidade de encontrar a matrícula do imóvel do terminal. O decreto de desapropriação da área é datado de 1968. Como o documento não foi localizado, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) vai realizar um novo levantamento topográfico para apresentar ao Registro de Imóveis.
Por fim, todo o edital precisará passar por avaliação da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). Se houver contestação da documentação, o material precisará retornar para adaptação do governo.
O estudo realizado até aqui prevê investimento de R$ 76,7 milhões em obras e aproximadamente R$ 460 milhões em despesas operacionais no terminal durante 25 anos de contrato. Só nos primeiros três anos de concessão, a intenção é que sejam realizadas 70% das melhorias previstas.