O governo gaúcho decidiu rever a decisão que suspendeu o edital de concessão do parque zoológico de Sapucaia do Sul. A decisão foi tomada na segunda-feira (29) pelo Conselho Gestor do Programa de Concessões e parcerias público-privadas (PPPs) do Estado.
Em 27 de maio, às vésperas do conhecimento das propostas, o secretário estadual de Governança e Gestão Estratégica, Claudio Gastal, anunciou que o Piratini estudava relançar o edital. O "recuo", segundo ele, seria necessário para se buscar uma melhor modelagem que pudesse atrair investidores.
Dois meses depois da suspensão, agora, o entendimento é que o governo só irá mudar o edital se, de fato, não despertar interesse da iniciativa privada. Após a reabertura da concorrência, que será informada no Diário Oficial do Estado, será dado um prazo de 45 dias para recebimento das propostas.
O estudo traçado para a concessão do zoológico foi elaborado pela consultoria KPMG/Manesco/Planos em contrato firmado no governo Sartori. Conforme o levantamento, o investimento privado deverá ser de R$ 59 milhões, por um período de concessão de 30 anos, sendo que 70% das obras deverão estar prontas em até três anos.
O ingresso está fixado a R$ 15 e não haverá opção de pagar a entrada por veículo – hoje, sai por R$ 50, com estacionamento. O bilhete atual custa R$ 10, mas está desatualizado, uma vez que a Lei Estadual 15.017, aprovada no passado, determina que a entrada em parques estaduais deve ser R$ 15.
Além de zelar pelo bem-estar dos animais, o vencedor da licitação é obrigado a oferecer novas atrações que envolvam lazer ou educação ambiental, como trenzinho, fazendinha, safari, aquário e arvorismo. Haverá ainda a liberdade para começar outras atividades, como apresentação de pinguins e shows de aves e de répteis, o que ocorre em outros zoológicos do país – nestes casos, podem ser cobradas à parte.