Durou um mês a intenção do Grêmio em ver resolvido o problema de congestionamentos nas saídas dos jogos da Arena. Em novembro, o clube encaminhou pedido ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para que fosse concluída uma ponte para ligar o estacionamento com a freeway.
No fim do ano, a autarquia respondeu que o projeto não era adequado. Segundo o superintendente do Dnit no Rio Grande do Sul, Allan Magalhães Machado, a alça criaria riscos de acidentes na rodovia.
- Não foi o Dnit que não deu viabilidade. Foi o projeto que não era viável tecnicamente. A gente só analisa. O projeto prevê um acesso direto na faixa de aceleração da freeway. Por norma é proibido. Porque você cria uma situação de risco de acidente grave ali. Foi essa a motivação - avalia Machado.
O superintendente lembra que o projeto original da Arena nunca previu este acesso. Além disso, as obras propostas quando da construção do complexo envolvia um sistema viário, com mais ruas laterais e acessos que não foram construídos.
- Muito do congestionamento que acontece foi causado pela falta da execução da obra completa. Jogar esse fluxo dentro da freeway e atribuir o problema de congestionamento ao Dnit não é a forma mais correta de tratar o assunto - salienta Machado.
Mesmo com o pedido negado, ele vê uma chance do Grêmio em levar seu pedido adiante. O Dnit solicitou à direção que apresente este projeto para o grupo CCR, que irá administrar a freeway a partir do dia 14.
- Aí eles podem chegar num meio termo, ver como é possível viabilizar melhorias que possam ajudar a operação do estacionamento aos finais dos jogos - concluiu.
Pela sugestão do Grêmio, a elevada só seria usada após os eventos realizados no estádio. Em novembro, a empresa Karagounis, que negocia a retomada das obras do entorno da Arena, disse que não tratava sobre o tema.