O primeiro passo para realizar a restauração da estátua do Laçador deve ser concluído neste mês. Os estudos deverão ser finalizados ainda em janeiro. Posteriormente, o processo será remetido para a Secretaria Estadual da Cultura para aprovação. A mudança de endereço da estátua ainda não está definida.
- Como existe a possibilidade de a cidade não concordar com a mudança, resolvemos avançar com a recuperação propriamente dita e paralelamente trabalhar este assunto, sob pena de atrasar muito o que é importante, que é a recuperação - diz o engenheiro Zalmir Chwartzmann, vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS).
A ideia anterior era concluir o estudo já prevendo a restauração e a mudança de local. Alguns integrantes da prefeitura de Porto Alegre já concordaram com a troca, mas ainda é necessário avançar mais nas discussões, segundo Chwartzmann. A expectativa é que em março seja possível concluir este debate.
A restauração irá custar aproximadamente R$ 750 mil. A estátua será retirada do seu sítio e ficará em um pavilhão especial que contará até com vigilância para impedir a ação de vândalos. A operação completa, que envolve retirada, restauração e conclusão, deve durar 12 meses.
Após uma vistoria realizada em março de 2017, o restaurador francês Antoine Amarger identificou a presença de fissuras, problemas estruturais, água, vegetais e insetos no monumento.
O sítio do Laçador foi construído há 11 anos. A estátua ficava antes na avenida Farrapos com avenida Ceará e precisou ser transferida quando o viaduto Leonel Brizola foi construído. Na época, o local foi definido com a intenção de evitar uma mudança radical na sua localização.
A restauração do Laçador faz parte de um projeto chamado Construção Cultural, realizado desde 2014, por meio de parcerias firmadas entre a prefeitura de Porto Alegre, a Associação Sul Riograndense de Construção Civil e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, além de verbas do programa Pró-Cultura da Lei de Incentivo à Cultura. O projeto já atuou nas intervenções de 32 monumentos na Redenção.