J. J. Camargo
O encaminhamento era para falar de transplante, e esta é sempre uma consulta demorada, porque mergulha-se num mundo de dúvidas, com muitas perguntas e uma pressa compreensível de vê-las respondidas, de preferência com uma precisão matemática que não combina com ciência biológica, exposta a variáveis imprevisíveis. Quase sempre o saldo da primeira entrevista beira a euforia, porque o basal de alguém necessitado de um transplante é sempre muito pobre e sofrido. Por experiência aprendemos que a conversa de um candidato ao transplante com alguém já transplantado e da mesma doença é o encontro mais produtivo que se pode oferecer.
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