Desde que terroristas de Gaza invadiram Israel para assassinar 1,4 mil civis inocentes, incluindo bebês de colo, o público vem sendo informado de coisas realmente extraordinárias. Israel, como você tem lido, deveria responder à agressão com um pedido de “cessar-fogo”. Mas, em vez de oferecer a paz aos palestinos, o primeiro-ministro israelense atacou os agressores de volta, inclusive para resgatar os reféns levados para Gaza pelos terroristas.
No mesmo estado de espírito, tem-se martelado no noticiário que Israel quebrou definitivamente a cara com sua reação. Seu governo de “extrema-direita” está isolado no mundo. A ONU ficou contra. O Tribunal de Haia ficou contra. Os artistas da Globo ficaram contra. Nem os Estados Unidos, no fundo, estariam com Israel.
Israel conseguiu matar quase todas as lideranças terroristas em Gaza, no Líbano, na Síria e até dentro do próprio Irã, onde todos os especialistas garantiam que eles eram invulneráveis
Mais ainda que tudo isso, Israel teria enfim encontrado pela frente um cachorro grande — e os judeus, agora, iriam ver o que é enfrentar uma potência militar de primeira classe. O Irã, que inclusive pode ter armas nucleares, era, na verdade, o grande adversário. Depois de apoiar durante anos os terroristas de Gaza e do Líbano, a ditadura dos aiatolás iria provavelmente entrar direto na briga, e aí Israel estaria mortinho.
Durante todo esse tempo, porém, a vida real vem contando uma história diferente. Há um ano, Israel tem destruído, peça por peça, a máquina terrorista em Gaza — o inimigo, desde o início da guerra de contra-ataque, não fez outra coisa a não ser fugir, se esconder e matar reféns. Como poderia ganhar uma guerra agindo desse jeito? A quase totalidade das análises sobre o conflito não achou importante levar em conta que Israel, há um ano inteiro, só teve vitórias militares e de inteligência contra seus inimigos. Israel conseguiu matar quase todas as lideranças terroristas em Gaza, no Líbano, na Síria e até dentro do próprio Irã, onde todos os especialistas garantiam que eles eram invulneráveis.
O maior disparate, em tudo o que se tem dito sobre a guerra, é a fantasia do Irã como grande “potência militar” da região. O Irã, como os demais muçulmanos que perderam, uma a uma, todas as guerras contra Israel e os Estados Unidos desde 1948, sem uma exceção, é o exato contrário do que dizem as análises de “política internacional”. Quem será destruído numa guerra aberta é ele, Irã — e não Israel. É o regime dos aiatolás que está, como os terroristas escondidos nos túneis de Gaza, precisando de um “cessar-fogo”. Não se trata mais de jogar os 10 milhões de israelenses “no mar” e criar a “Palestina”. Trata-se, agora, de salvar o Irã.