Lula, o PT e a esquerda estão querendo transformar a História do Brasil num despacho a ser publicado no Diário Oficial da União. O que vale não tem nada a ver com o que aconteceu na vida real. Para o presidente e seu “sistema”, história é aquilo que o governo conta, como manda fazer o catecismo das ditaduras – desde a Rússia de Stalin até essas cópias bananeiras na Venezuela, na Nicarágua, em Cuba e coisas parecidas.
A fraude da vez é a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, deposta da Presidência da República por ter praticado crime de responsabilidade. No mundo dos fatos, a decisão foi tomada livremente, e com a supervisão do STF, pelos votos de 367 deputados federais contra 157, e de 55 senadores contra 22; foi uma das maiorias mais arrasadoras que já se formaram no Congresso Nacional. No mundo do “Sistema L”, Dilma sofreu um “golpe de Estado”.
A fraude da vez é a anulação do impeachment de Dilma Rousseff
Essa ficção vem sendo sustentada há sete anos pela esquerda nacional, estrelas de Hollywood, ou pelo menos do Projac, e o papa Francisco. É como dizer que Pilatos foi condenado por Jesus Cristo, mas a regra deles é essa mesmo: diante de qualquer crime cometido pelo nosso lado, temos de inventar que toda a culpa é de quem aplicou a lei contra nós.
Com Lula, o PT e suas polícias no governo já cassaram um deputado que os acusou, como promotor, na Operação Lava-Jato. Querem cassar o juiz que condenou Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Não apenas livraram os milionários corruptos que confessaram seus crimes e devolveram dinheiro roubado – agora querem abrir de novo o Tesouro Nacional para eles.
Dilma se transformou numa ideia fixa para a esquerda e para Lula. O presidente se refere sistematicamente a uma decisão constitucional como um “golpe” – como se ela fosse uma reencarnação de João Goulart. No mundo de Lula e do PT, naturalmente, não se perde viagem – assim que algum peixe gordo recebe o selo de mártir, ganha junto a entrada para o paraíso do erário público. Dilma já levou a sua: um emprego na presidência do Banco dos “Brics”, com pelo menos US$ 300 mil de salário anual. Só que isso ainda não está bom – o projeto, agora, é fabricar uma decisão “oficial” qualquer declarando que o impeachment não existiu, ou que a decisão do Congresso foi “ilegal”, ou alguma outra miragem da mesma família.
Nessa balada, vão criar um passado novinho em folha para o próprio Lula. A ideia é eliminar os fatos e ficar socando em cima da população a doutrina suprema da sociedade PT-Rede Globo: “O senhor não deve nada à Justiça”. História, para o “campo democrático”, é isso.