O Brasil entrou na era das guerras tecnológicas. Mas, como acontece com frequência, as forças armadas estão largando atrás das forças do crime.
A polícia do Rio identificou drones sendo usados para lançar granadas dentro de uma favela, em mais um episódio da guerra do tráfico. Mas o Exército brasileiro só vai disparar com seus primeiros drones de combate no ano que vem.
Trata-se do Nauru 1000, fabricado em São Carlos (SP) pela empresa XMobots. Um drone gigante que pesa 150 quilos, voa a 100 km/h e carrega dois mísseis. Ele já vinha sendo usado desde 2022, mas apenas para a captação de imagens.
Serão três unidades, cada uma com capacidade para levar dois mísseis (veja vídeo abaixo).
O uso de drones em campo de batalha não é nenhuma novidade, mas conflitos recentes como o da Ucrânia provocaram um salto exponencial na tecnologia.
Como revelou o The New York Times na semana passada, um equipamento desenvolvido por uma empresa ucraniana não precisa mais nem de piloto: uma vez que o alvo é identificado, o drone o persegue usando a câmera e dá pouca chance de sobrevivência a um humano, mesmo que motorizado.
Conforme o jornal norte-americano, a pressão para suplantar os russos, junto com um grande fluxo de investimentos, doações e contratos com o governo, transformaram a Ucrânia em um Vale do Silício para o desenvolvimento de drones autônomos e outros armamentos.
Por enquanto, não se tem notícia de ninguém morto por um drone no Rio de Janeiro. Cinco traficantes teriam ficado feridos na semana passada em um ataque com granada. Mas moradores das favelas da Zona Norte relatam que os ataques não são raros, segundo o G1.