Já falamos aqui sobre prós e contras de pagar para usar aplicativos de relacionamento.
Mas, seja o match orgânico ou não, como tu ages depois?
- Diz oi e some.
- Diz oi, tudo bem, o que tá fazendo de bom neste dia lindo, some.
- Diz oi, conversa uns dias, conta do trabalho, da casa nova, some, namora alguém por dois meses e ressurge: oi sumido, tudo bem?
- Olha o match no dia seguinte, sóbrio, se arrepende e... some.
E como explicar aquele sujeito que conversa no app, chama no whatsapp, troca ideias sobre o céu a água e o ar por dias a fio, faz planos de te levar no bar preferido e, uma semana depois, deixa aquele teu emoji de foguinho sem resposta para todo o sempre? (Espero que sejas do tipo que só vai se dar conta disso uma semana depois, ou então talvez os apps de relacionamento não sejam pra ti.)
Quem você vai encontrar no Tinder? Faça o teste
Vai baixar o Tinder, o Bumble, o Happn, o InnerCircle? Saiba que é preciso um tanto de paciência para garimpar gente realmente interessante – e interessada.
No caminho, vais conhecer tipos como...
...o amargurado:
“Solteiro, sem filhos, tenho pós-graduação e prezo pela minha individualidade. Procuro alguém para desfrutar um vinho, série ou fim de semana na Serra. Se você procura alguém só para aumentar a lista de contatinhos, aperte o X.”
...o neohippie:
“Meditação, café e cachoeira. Neorural, permacultor, em um relacionamento aberto. Meu passeio preferido é garimpar restaurantes veganos pela cidade, depois de uma sessão de ioga ao amanhecer.”
...a incógnita que gosta do que todo mundo gosta:
“Sou uma pessoa simples, gosto de sair para jantar, praia, trilhas ou apenas um café. Podemos conversar sobre qualquer assunto, o importante é dar boas risadas e levar a vida sem neuras. Adoro viajar e conhecer novos lugares.”
...o restritivo:
“Aperto o X se vejo: fotos de biquíni, bumbum ou vulgaridades, gente que quer 'algo casual', e que gosta de funk e feminejo.”
...o simplão romântico:
“Sou uma pessoa do bem, que gosta de coisas simples. Felicidade não requer ostentação. Aprecio a honestidade e tenho convicção de que nada é maior do que parceria e amor. Adoro conhecer pessoas novas.”
...o conservador:
“Se votou no ladrão, aperte o X. Se fuma, aperte o X. Feminazis, apertem o X.”
...o esquerdomacho:
“Não-mono & amor livre. Defensor do prazer feminino. Tentando dominar o vício em cinema e livros para terminar o doutorado. Faço a melhor carbonara que você já provou na vida”.
E também vais topar muitas vezes com os mesmos tipos de lacrada. Afinal, todo mundo recorre uma frase de efeito para chamar atenção em 150 caracteres. Problema é ser criativo.
Clichês que (não) amamos:
“Terapia em dia”
“Não costumo entrar muito aqui, me segue no insta”
“Pai/mãe de pet”
“Se fez o L/ votou no Bozo, arrasta pra esquerda”
“Especialista em piadas ruins e cantadas pior ainda”
“Sou menos feio ao vivo, mas prometo te fazer rir”
“Se você tem ex maluco/a, aperta o X”
O importante é não criar expectativas. No flerte virtual, as pessoas são descartáveis: uma foto no telefone, sem cheiro, sem gosto, e vais julgar e ser julgado a cada resposta ou opinião. Nem todo mundo é como a Jenifer...
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