Sete helicópteros das Forças Armadas devem ser os responsáveis pelos resgates mais difíceis nessa nova temporada de destruição causada por tempestades no Rio Grande do Sul. Devem ser usados três Blackhawk da Força Aérea Brasileira (FAB, com capacidade para até 20 ocupantes, cada um), três Pantera do Grupo de Busca e Salvamento do Exército (sediados em Taubaté, São Paulo, e aptos a transportar 16 pessoas) e um UH-15 “Super Cougar”, da Marinha
Cinco das sete aeronaves já foram colocados para atuar em resgates de vítimas do desastre climático desta semana: dois Blackhawk da FAB baseados em Santa Maria, um da Marinha (baseado em Rio Grande) e dois do Exército, vindos de Taubaté. Os demais devem começar a atuar até o fim de semana. Os deslocamentos foram prejudicados pelas tempestades, que não cessam.
As aeronaves são capacitadas para voo noturno, inclusive. As polícias Civil, Militar, Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros também têm atuado com aeronaves em resgates.
Sob a coordenação do Ministério da Defesa, as Forças Armadas empregam 335 militares no apoio à população gaúcha atingida pelas chuvas. É a Operação Taquari II, que conta com 12 embarcações, cinco helicópteros (até agora) e 43 viaturas, incluindo equipamentos de engenharia para transporte de material e pessoal. As ações ocorrem em apoio à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros.
As atividades desempenhadas incluem o resgate de pessoas ilhadas, a distribuição de água, alimentos e donativos e o auxílio na recuperação da infraestrutura danificada. Os militares também atuam na montagem de barracas para triagem aos desabrigados e fornecimento de colchões. Até quarta-feira (1º), foram resgatadas sete pessoas que estavam ilhadas. O trabalho dos militares abrange até agora os municípios de Candelária, Eldorado do Sul, Lajeado, Montenegro, Nova Palma, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Tereza, São Gabriel, São Sebastião do Caí e Sinimbu.
O Comando Operacional Conjunto Taquari II, criado pelo Ministério da Defesa ainda na terça-feira (30) para atuar nos municípios em situação de calamidade pública, é chefiado pelo Comandante Militar do Sul, geneeral de Exército Hertz Pires do Nascimento.
— É provável que ainda esta semana passe de 400 o número de militares federais envolvidos nos resgates — anuncia o general Hertz.
A primeira fase da Operação Taquari ocorreu em 2023, no Rio Grande do Sul, em resposta às fortes chuvas na região. Militares das Forças Armadas foram mobilizados para atender os municípios afetados. As atividades incluíram busca e resgate, distribuição de suprimentos e reconstrução. A experiência prévia da Taquari I subsidiou a Taquari II.