As palavras saem aos solavancos e o choro toma conta de Márcia Jost ao descrever tudo que perdeu nos últimos dois dias. Dona de um sítio em Rio Pardinho, distrito de Santa Cruz do Sul, a agricultora viu as águas encorpadas pelo dilúvio que se abateu no Vale do Rio Pardo levarem de roldão seus bens acumulados em 51 anos de vida. Foram vacas leiteiras (que tinham nome, como é costume no campo), roupas, um automóvel Santana depredado pelo aguaceiro, o resfriador de leite. E a luz, sem a qual a vida no meio rural se torna inviável.
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