Dois presos fugiram nesta semana da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, o que provocou uma crise no Ministério da Justiça. Toda a direção da prisão foi afastada e as visitas e banhos de sol estão suspensas para os detentos em todas as cinco prisões federais do país. O endurecimento acontece porque foi a primeira vez na história que aconteceu fuga de uma prisão de segurança máxima administrada pela União. Os dois fugitivos teriam escapado por um telhado e câmeras de vigilância estavam desligadas.
Mas o que isso tem a ver com o Rio Grande do Sul? É que a penitenciária de Mossoró também abriga presos gaúchos. Dois, conforme informação recebida pelo colunista. A coluna apurou também que o número total de gaúchos em prisões federais é 16. Todos são líderes ou gerentes de facções criminosas. Os nomes não foram revelados, por questões de segurança.
É o tipo de dica que as autoridades não gostam de detalhar, mas o colunista foi informado de que os dois presos gaúchos recolhidos na prisão de segurança máxima de Mossoró são Lemarque Gonçalves Artigas e Germano Rocha Lyrio.
Aqui, um pouco da trajetória criminal deles:
Lemarque Gonçalves Artigas, o Macaco
É apontado em inquéritos policiais como um dos líderes da facção Os Manos no sul do Estado. Responde por cinco homicídios, além de dois inquéritos por tráfico de drogas.
Conforme investigações, esses crimes estão no contexto em que a facção Os Manos tenta tomar o controle da venda de drogas em Rio Grande. Tauras e Manos deram início a um confronto que tornou a cidade do sul do Estado a mais violenta do RS em 2022. O surto de violência diminuiu em 2023, após sucessivas forças-tarefas das polícias Civil e Militar.
Germano Rocha Lyrio
Seria um dos líderes da facção Os Manos no norte do Estado, na região de Palmeira das Missões. O apenado é investigado por organização criminosa, tráfico, homicídio, posse de arma de fogo, ameaça e roubo. É sua primeira passagem por uma instituição penal federal.
Atua nos municípios de Jaboticaba e Lajeado do Bugre, no norte do Estado. Teria cometido homicídios em vingança pela morte de um político local. Foi acusado também de atirar contra uma ambulância, de tráfico, de posse de coletes balísticos, armas e munições.
A coluna não recebeu os nomes dos demais presos gaúchos no sistema federal.