Tem viralizado nas redes um vídeo produzido pela Associação de Delegados da Polícia Civil (Asdep) gaúcha (veja abaixo). Começa com números fortes: de janeiro a novembro, policiais civis estiveram envolvidos em 16 mil prisões – em alguns casos, óbvio, com ajuda de colegas da Brigada Militar. Foram 860 operações deflagradas contra o crime. Mas eles continuam sem reajuste salarial.
Aumento real para a categoria é a bandeira da hora para a Asdep e outras entidades policiais, como a Ugeirm (sindicato dos agentes). O vídeo mostra cenas impressionantes de policiais civis arrombando portas, armas em punho, tipo de ação no qual é muito possível levar um tiro.
Aliás, alguns policiais civis morreram nos últimos anos em operações desse tipo, até porque muitos bandidos desconfiam que estão cercados por seus inimigos, em uniformes policiais – e disparam, sem sequer pensar nas consequências.
A câmera do cinegrafista ingressa na casa junto com os policiais, em imagens tremidas que evidenciam a tensão de qualquer ato contra criminosos. O vídeo continua com estatísticas, mostrando redução de homicídios, latrocínios, feminicídios e roubo de carros, como até já se tornou comum ao longo dos anos.
Só que essas conquistas exigem esforço, operações constantes, nenhum descuido. E os policiais não se sentem recompensados pelo trabalho exaustivo. Conforme a Asdep, em 2019 a Polícia Civil ocupava o 4º lugar no ranking nacional das melhor remuneradas – e hoje está em 15º. 2023 termina neste fim de semana e até agora o governo estadual não ofereceu um reajuste.