O pedágio nas 12 praças da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) não é dos mais baratos. Em torno dos R$ 7 ou um pouco mais para os automóveis (teve até uma redução simbólica de 10% no ano passado). Para comparar, em Santa Catarina, na BR-101, é comum R$ 2,10.
Pois tudo indica que o contrariado motorista, além de pagar bastante, tem de desembolsar parte do valor de suborno que alguns funcionários recebem. É o que aponta operação conjunta da Polícia Civil, Ministério Público Estadual e Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), desencadeada na manhã desta terça-feira (14).
Um ex-dirigente da EGR, Marcelo Gazen, e um servidor da Secretaria Estadual de Transportes e Logística, Cleber Domingues, foram presos. Os indícios é de que tenham revogado em 2021 uma licitação em andamento, propiciando que permanecessem na arrecadação do pedágio empresas que atuavam com esse serviço desde 2019. Os contratos com essas empresas, segundo auditores, tinham indícios de fraude, direcionamento, sobrepreço e formação de cartel.
Essas empresas receberam desde 2019 cerca de R$ 89 milhões, segundo a investigação. Os dirigentes de estatais presos são investigados por corrupção, crimes licitatórios e associação para o crime.
A se comprovar o que indicam as investigações, o motorista paga, além da tarifa, o Custo Corrupção. Pobre Brasil. Pobre RS.