O anúncio do novo titular da Secretaria da Segurança Pública (SSP) não chega a ser uma surpresa. A escolha pelo coronel Vanius Cesar Santarosa, ex-comandante da Brigada Militar (revelada pelo colega Bruno Pancot), acontece dentro de um contexto de rotatividade. Sai um delegado da Polícia Civil – Ranolfo Vieira Junior, que virou governador do Rio Grande do Sul esta semana – e entra um oficial da BM.
Sem melindres, portanto.
Para tentar melhorar ainda mais o entrosamento entre as duas polícias, Ranolfo colocou um delegado da Polícia Civil como secretário-adjunto. É o experiente Heraldo Chaves Guerreiro, que durante décadas atuou no Litoral. E quem são os escolhidos?
Natural de Bento Gonçalves, Santarosa acaba de ir para a reserva da BM, após ter chefiado a corporação entre 2021 e 2022. Ele tem 53 anos e ingressou na carreira de oficiais da BM em 1987. É piloto, com habilitação para 10 tipos de avião, seis tipos de helicóptero e 6 mil horas de voo. Ocupou todos os principais postos da Brigada Militar.
Já Heraldo Guerreiro, natural de Mostardas, tem 62 anos e atua como delegado desde 1992. Já era policial, investigador, desde 1982. Chefiou os policiais civis da região de São Leopoldo e fez a maior parte da carreira no Litoral, onde atuou em Xangri-Lá, Atlântida do Sul, Capão da Canoa e Mostardas. De 2011 a 2021 foi diretor da 23ª Delegacia de Polícia Regional (DPRI) de Osório. Desde o ano passado ele chefiava o Departamento de Polícia do Interior (DPI), maior departamento da Polícia Civil gaúcha, que controla as delegacias que não ficam na Região Metropolitana.
Ranolfo optou, pelo que se vê, por seguir a velha máxima do futebol: não mexer em time que está ganhando.