A Reunião do Alto-Comando do Exército (Race) que definirá a sede da nova Escola de Sargentos do Exército (ESA) não tomou decisão a respeito. E nada indica que o local será definido até sexta-feira (13), quando termina o encontro que reúne a cúpula militar. Santa Maria (RS) é uma das três cidades cotadas para receber o empreendimento, avaliado em R$ 1,2 bilhão.
A Race está em sua 338º edição e ocorre, em média, seis vezes ao ano. Sempre no Forte Caixas, o QG do Exército, em Brasília. Participam do encontro os 16 oficiais-generais mais graduados da força. É aí que se debate o Planejamento Estratégico da corporação, a execução orçamentária e as práticas administrativas da instituição. Um dos assuntos principais do debate de agosto, que começou quarta-feira (11), é a nova sede da ESA.
O general de divisão Joarez Alves Pereira Junior, do Departamento de Ensino do Exército, fez uma exposição sobre as visitas realizadas aos três municípios cotados para abrigar a ESA. Santa Maria conta com um dos maiores contingentes militares do país, ampla rede de educação e saúde e aeroporto com voos comerciais. Ponta Grossa (PR) também possui grandes efetivos do Exército, sobretudo blindados, mas um aeroporto sem voos comerciais no momento e uma infraestrutura de apoio à família militar bem menor que a santa-mariense. Recife (PE), a terceira candidata, tem aeroporto internacional, estrutura militar de porte regional (sem destaques estratégicos) e as desvantagens viárias e estruturais características das metrópoles.
Após a exposição do general Joarez, os generais de exército, mais graduados, se reuniram a portas fechadas para debater qual o local mais apropriado para a ESA. Mas a decisão está longe de um consenso e outros assuntos estão à espera no Estado-Maior, como a execução orçamentária.
Mesmo que os generais escolham até sexta-feira, a decisão ainda passará pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. E tudo indica que o presidente Jair Bolsonaro também opinará – mesmo que nos bastidores. Por isso, a expectativa dos santa-marienses continuará.