O ano começou com boas notícias para os policiais gaúchos. Tanto a Polícia Civil (estadual) quando a PF (federal) entregaram viaturas semiblindadas para seus agentes.
Na Civil serão 45 veículos dotados dessa proteção extra (41 já entregues). Na superintendência regional da Polícia Federal, 26 (16 disponibilizados nesta quarta-feira, 6). A blindagem utiliza na carroceria dos carros mantas com nove camadas do tecido de fibra de aramida, mais leve que o aço e com capacidade de resistência quatro vezes maior. A proteção instalada é do nível III-A, que suporta disparos de todos os tipos de arma de mão, como pistolas .40 e 9 mm. Ou seja, adequada para os enfrentamentos cotidianos, embora ainda não o ideal quando se trata de assaltantes de banco como os que atuaram recentemente no milionário ataque em Criciúma (SC).
É como se os agentes vestissem um colete à prova de balas sobre o outro, que já utilizam. É uma providência a mais no elenco de medidas adotadas pelas polícias para proteger seus integrantes. Já de algum tempo que policiais civis, militares e federais podem usar fuzis, armamento que antes os governos relutavam em disponibilizar (embora fossem bem comuns entre criminosos). Melhor ainda se a blindagem protegesse contra tiros de submetralhadora ou fuzil, mas isso tornaria os veículos muito mais pesados e caros. Não vivemos no mundo ideal.
Não pensem que blindagem é luxo. Em outubro passado, em Rondônia, dois PMs (um tenente e um sargento) foram mortos em viaturas quando chegavam a uma fazenda invadida em Porto Velho (Rondônia). Outros três policiais foram feridos, inclusive com tiros de fuzil, mas sobreviveram. Caso os veículos contassem com essa proteção, o cenário seria outro.