A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Há anos com entraves burocráticos que dificultavam o acesso aos recursos do Fundo de Desenvolvimento da Ovinocultura (Fundovinos), o setor teve nesta quarta-feira (13) uma boa notícia. A assinatura de um termo de parceria entre o governo do Estado e a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) viabilizará o repasse de R$ 5 milhões, que serão usados em ações de fomento e desenvolvimento da atividade.
Para o presidente da Arco, Edemundo Gressler, é uma conquista para toda a ovinocultura:
— Está consolidada agora a ideia desse projeto (que é o Fundovinos), que já vinha sendo colocado em prática.
Criado em 1998, o fundo recolhe anualmente cerca de R$ 1,5 milhão das indústrias de lã e carne, para que sejam feitos investimentos na qualificação da produção gaúcha. Composto por representantes do governo estadual e do setor, é gerido pela Secretaria da Agricultura.
Com o recurso agora repassado, a Arco irá aplicar para o estímulo do sistema produtivo da carne ovina, a elaboração e o fortalecimento de programas de certificações dos produtos produzidos no Rio Grande do Sul e da lã gaúcha, o melhoramento genético, a promoção e o apoio para exposições e feiras e a realização de eventos técnicos ligados ao setor.
— Agora, vamos potencializar muitas ações e demonstrar a alta qualidade da nossa carne de ovinos no Rio Grande do Sul, que pode competir com qualquer lugar do mundo. Essa parceria fortalecerá ainda mais o setor — reforçou o secretário estadual da Agricultura, Clair Kuhn.
Dados da Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2024 mostram que o Rio Grande do Sul possui um rebanho declarado de 3,16 milhões de ovinos, sendo que cerca de 253 mil animais foram enviados para o abate em 2023.