Gisele Loeblein

Gisele Loeblein

Jornalista formada pela UFRGS, trabalha há 25 anos no Grupo RBS e, desde 2013, assina a coluna Campo e Lavoura, em Zero Hora. Faz também comentários diários na Rádio Gaúcha e na RBS TV.

Ganhar terreno
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Ideias para fazer a irrigação avançar no RS

Presidência da Assembleia Legislativa encaminhou proposta ao Executivo com foco na legislação que trata do processo para a outorga da água

Gisele Loeblein

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Omar Freitas / Agencia RBS
Dados da Radiografia Agropecuária do RS 2024 mostram que houve um avanço de áreas irrigadas em relação a 2023, mas ainda muito tímido.

Uma proposta encaminhada ao Executivo pela presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul tenta dar vazão ao potencial para irrigar: mais 2,2 milhões de hectares. O dado, apresentado no painel RS Sustentável — Cada Gota Conta: Reservação de Água, Irrigação e Piscicultura, na segunda-feira (11), em Santo Antônio da Patrulha, mostra que o caminho para o avanço é longo

Na minuta inicial, o foco está na legislação que trata do processo para a outorga da água. Outras duas frentes complementarão as proposições.   

— O objetivo é “desfrear” a irrigação. É preciso viabilizar uma legislação para que o agricultor possa investir — reforça o presidente da Assembleia, Adolfo Brito, que elegeu a temática como foco da gestão.

Além dos debates pelo interior do Estado, a meta é apresentar propostas de legislação que ajudem a fazer o sistema ganhar terreno com maior agilidade. Dados da Radiografia Agropecuária do RS 2024 mostram que houve um avanço em relação a 2023, mas ainda muito tímido. Na soja, a área que conta com essa ferramenta tecnológica é de apenas 3,2% do total plantado. No milho, o percentual é um pouco maior, 15%. Frente ao ano anterior, foram adicionados apenas 8,28 mil hectares irrigados à cultura. A exceção é o arroz, 99,9% irrigado. 

O engenheiro agrônomo José Enoir Daniel, um dos palestrantes, apontou questões que precisam ser vencidas para a irrigação avançar. Estão nessa relação segurança jurídica, melhora da potência e da qualidade da energia elétrica no meio rural, ideia pré-concebida de que irrigação é cara, entraves de legislação para a execução de projetos de reserva de água e de irrigação e aumento da reservação de água.

— Ou reservamos água, ou o RS, ali na frente, pode sucumbir, porque todos nós vivemos da agricultura — reforçou Rodrigo Massulo, prefeito de Santo Antônio da Patrulha.

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