Os números das exportações de carne suína do Brasil que acabam de ser divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram uma “nova China” se consolidando como principal destino. Depois de ficar durante três meses consecutivos à frente nas compras, em outubro confirmou a posição também no acumulado dos primeiros 10 meses de 2024.
Foram 206 mil toneladas adquiridas no período, um crescimento de 103,3% na comparação com igual período do ano passado e acima das 199 mil toneladas compradas pelos chineses — queda de 40,6% .
Mesmo com esse recuo daquele que já foi o maior comprador, o resultado total dos embarques de carne suína do Brasil no acumulado do ano é de 1,12 milhão de toneladas, o que representa uma expansão de 10,7%, acima da projetada pela ABPA para todo o ano. Presidente da entidade, Ricardo Santin credita o cenário à capilaridade das vendas externas:
— Em outubro, dos 10 primeiros importadores, apenas dois não tiveram crescimentos expressivos, o que coloca a suinocultura exportadora do Brasil em um novo quadro, com maior sustentabilidade comercial.
Positivo também para o RS
Segundo maior exportador de carne suína entre os Estados brasileiros, o Rio Grande do Sul também acumula um resultado positivo nas exportações da proteína. Foram 27,6 mil toneladas de janeiro a outubro, o que representa aumento de 25,6% sobre a mesma janela de 2023. Para os gaúchos, as Filipinas também têm representado um mercado importante, conquistado a partir da evolução do status sanitário em relação à febre aftosa para livre da doença sem vacinação.