A mais nova conquista do cavalo Jacinto Cala Bassa-TE, o Freio de Bronze 2024, ainda nem tinha chegado, e o animal da raça crioula já estava fazendo história. A venda de duas cotas de 2,5% do exemplar fez com que sua valorização chegasse a R$ 22 milhões. O feito veio Leilão Emoções, realizado na Expointer e que reuniu as cabanhas Cala Bassa, Gap São Pedro e Paraíso Belle.
A cifra bate o até então recorde de valorização da raça, JLS Hermoso, de R$ 16 milhões. E o que é que o Jacinto Cala Bassa tem? Uma combinação singular de genética a resultados.
— A gente sabe da importância desse cavalo, que reúne tudo aquilo que buscamos: morfologia, função e temperamento excepcional. E, por ter sido um dos mais pontuados do ciclo do Freio, decidimos disponibilizar essa genética em plena disputa final — conta o criador Marcelo Moglia, da cabanha Cala Bassa.
Qualidades que vêm de berço. Jacinto é filho de AS Malke Sedutor-TE e Dinastia Cala Bassa, dois grandes campeões da Morfologia da Expointer e da FICCC (Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos). Filho de campeão, campeão é: Jacinto teve em Esteio as conquistas de Reservado Grande Campeão em 2020, Terceiro Melhor Macho em 2022 e em 2023.
O cavalo mostrou que além da genética, herdou também o talento para as pistas de competições funcionais. Venceu o Bocal de Ouro neste ano e, na grande final do circuito, levou o Freio de Bronze, conduzido pelo criador, Marcelo Moglia.
O remate teve ainda outros destaques e fechou com faturamento de R$ 5,4 milhões.
— Os resultados das cabanhas refletiram no sucesso das vendas — destacou Santiago Macedo, titular da Macedo Leilões.
As vendas do cavalo crioulo na Expointer fecharam em R$ 16,68 milhões.
— Talvez isso resuma o momento em que a raça vive, de plena confiança de compradores — destaca César Hax, Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).