A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
É com esperança renovada nas pistas da Expointer que a temporada de remates da pecuária na primavera deve começar no Estado. Apesar do número 5% menor em comparação ao ano passado, a perspectiva é de liquidez em todos os 213 leilões marcados até dezembro, segundo o Sindicato dos Leiloeiros Rurais e Empresas de Leilão Rural do RS (Sindiler).
Ao Campo e Lavoura da Rádio Gaúcha deste domingo, o presidente do sindicato, Fábio Crespo, atribuiu esse otimismo aos bons resultados registrados na 47ª edição da principal feira voltada ao agronegócio no Estado, encerrada no mesmo dia. Durante os nove dias de evento, as vendas e os leilões de animais somaram R$ 18,9 milhões, um crescimento de quase 50%.
— Foi surpreendente a comercialização. Aconteceu com uma naturalidade impressionante para quem viu esse mesmo parque (o parque Assis Brasil, em Esteio, onde ocorre a feira) debaixo d'água há 70 dias — salientou Crespo durante o programa.
Ainda de acordo com o presidente do Sindiler, a boa expectativa tem a ver também com a qualidade genética dos rebanhos gaúchos:
— O pecuarista que é investidor precisa de genética de ponta e essa demanda se mantém. O Rio Grande do Sul é forte e temos muita qualidade em nossos plantéis.
Presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira concorda:
— A busca pela eficiência e qualidade genética passam pelas pistas de remate.
No cardápio da primavera até agora, 96 remates põem em pista a genética bovina. Outros 94 comercializarão equinos, 21 venderão ovinos e dois serão voltados a embriões.
Com relação ao faturamento, no entanto, o presidente do Sindiler-RS afirma que "ninguém está exigindo" alta de valores:
— Os preços até agora até estiveram acima dos praticados no ano passado, mas a liquidez é o mais importante hoje, pelo que passamos no Rio Grande do Sul. Ninguém está exigindo preço, a gente está querendo liquidez, colocar produto no mercado.