A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Com o plantio de trigo tecnicamente encerrado no Estado, começa agora a contagem regressiva do produtor até a colheita. São esperadas 4 milhões de toneladas do cereal — caso as condições climáticas previstas, de La Niña, se confirmem.
— Dentro de todo o cenário possível (preços baixos, atraso no plantio, enchente), a safra está ok — avalia momentaneamente o assistente técnico em culturas da Emater, Alencar Rugeri.
É que, de acordo com Rugeri e o presidente da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Hamilton Jardim, ainda é cedo para qualquer previsão de produção.
Diferentemente da área plantada, acrescenta Jardim:
— Essa não deve passar de 1,2 milhão de hectares. Os produtores estão descapitalizados, e a safra de trigo é cara de se plantar e manter.
A Emater e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimam uma área de 1,3 milhão de hectares no Estado.
A definição da produtividade no trigo só deve ocorrer mais adiante, em setembro e outubro, quando há o florescimento e o espigamento da lavoura. Mais do que esperar pela concretização da chegada do La Niña, que traz pouca chuva ao Estado, é preciso torcer para não haver outras adversidades, afirma o dirigente da Farsul.
— Se tiver geada tardia, se perde produção — exemplifica Jardim.