A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Depois de países como Chile e México, chegou a vez da China retomar a importação da carne de frango brasileira. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Agricultura, oito dias após o encerramento do foco de Newcastle no Estado. Mas, assim como em ambos países, o gigante asiático manteve o Rio Grande do Sul fora da lista de destinos das suas compras.
O setor nacional da proteína animal comemorou a notícia, que veio após 26 dias de embargo. Afinal, a China é um dos principais destinos das exportações brasileiras. Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ressaltou "a rapidez e transparência com que a situação foi identificada, processada e finalizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária". Fatores que, na avaliação da entidade, contribuíram para que o desembargo ocorresse.
No Estado, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, também celebrou a medida e definiu como "merecido" o retorno das importações ao país. O dirigente, no entanto, voltou a ponderar:
— O Rio Grande do Sul também é Brasil. Adotamos todas as medidas necessárias de contenção do foco. Os outros Estados merecem e precisam voltar. E nós também.
Como o desembargo precisa vir do país que importa a proteína, o foco agora é levar informações sobre a segurança da compra de produtos gaúchos à China, acrescentou Santos. A proposta brasileira é de que o embargo se mantenha somente no raio de 10 km do foco.