Com a retomada de mais mercados que mantinham suspensas as exportações de frango de todo o Brasil, o Rio Grande do Sul deve intensificar as ações — e a pressão — para que a restrição fique ainda menor. O que quer dizer restrita ao raio de 10 quilômetros no entorno do foco já encerrado da doença de Newcastle em Anta Gorda, no Vale do Taquari. México e Chile levantaram o embargo para o país, mas mantêm para todo o território gaúcho, conforme o Ministério da Agricultura. A China também teria adotado esse critério, mas até o fechamento desta coluna, a informação não tinha sido confiramada pela pasta.
Secretário-adjunto da Agricultura do RS, Márcio Madalena explica que era esperado que o fim da suspensão começasse por outras unidades da federação, mas que o Estado já iniciou o movimento para restringir o embargo:
— Há o entendimento de que existem condições técnicas de se manter o embargo somente no raio de 10 km do foco. Nosso objetivo é buscar que alguns países compreendam que é possível.
Presidente da Associaçao Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos reforça que a lição de casa foi feita: o caso identifcado e encerrado com rapidez e transparência. E que é hora de limitar o alcance da suspensão dos embarques.
— O problema é manter todo o Estado. Temos indústrias que exportam para muitos países e isso tudo impacta. Reiterei ao ministro — complementou Santos, sobre conversa que teve com o titular da Agricultura, Carlos Fávaro.
Na abertura do Salão Internacional da Proteína Animal (Siavs), em São Paulo, o governador Eduardo Leite também havia reivindicado o desbloqueio das exportações em seu discurso na abertura do evento, terça-feira (6).
A China tem uma fatia entre 5% e 6% das exportações gaúchas de frango.