Representantes do setor arrozeiro têm encontro marcado para esta quarta-feira (19) com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto. À mesa, claro, a importação de arroz. O primeiro leilão para a aquisição do produto foi suspenso, mas o governo federal sinalizou que pretende manter a iniciativa.
Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz), que estará na reunião, também com integrantes da Câmara Setorial do Arroz, diz que serão levados argumentos técnicos:
— Para comprovar a não necessidade (do leilão de importação) e o risco que isso representa.
O governo defende a oferta, argumentando preocupação com abastecimento e preços do produto. Entidades de produtores e da indústria contrapõem que a medida, além de desnecessária, também pode ter reflexos sobre a próxima safra — o RS responde por 70% da produção nacional. Na sexta-feira (14), Pretto havia conversado com representantes da Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz) na sede da superintendência da Conab no RS.
— Os dados comprovam que a safra gaúcha, dentro da sua fatia de produção no mercado brasileiro, garante o abastecimento e não há, tecnicamente, justificativa para a importação — pontuou Rodrigo Machado, presidente do Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga).
O relatório final do órgão aponta colheita de 7,16 milhões de toneladas. Na safra anterior, somou 7,24 milhões de toneladas.