O primeiro leilão de arroz realizado pelo governo federal para garantir abastecimento do cereal em meio à tragédia climática no Rio Grande do Sul levantou polêmica em relação à origem das empresas vencedoras, algumas delas desconhecidas do setor agropecuário. As dúvidas questionam sobre a capacidade das empresas realizarem as importações.
Em entrevista ao programa Campo e Lavoura da Rádio Gaúcha, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, disse que as empresas que não apresentarem as garantias necessárias serão acionadas judicialmente.
—Nenhum centavo do dinheiro público sairá dos cofres do governo sem ter a garantia de que o arroz estará embalado, empacotado no armazém da Conab, pronto para ir para a prateleira dos supermercados — disse Pretto.
Pretto explicou que a modalidade do leilão é realizada pela participação de Bolsas de Mercadoria. Essas bolsas se habilitam para o certame representando seus sócios ou clientes, sem que o nome das empresas sejam conhecidos durante o leilão. Para a rodada de quinta-feira, duas bolsas haviam se credenciado e duas delas fizeram remates.
As vencedoras do leilão foram a Zafira Trading, de Florianópolis, a ASR Locação de Veículos e Máquinas, de Brasília, a Icefruit Indústria e Comércio de Alimentos, de Tatuí (SP), e a Queijo Minas.
As importadoras têm cinco dias para depositar 5% do valor, para garantir a capacidade de operação. Não havendo o depósito, elas são multadas em 10% do valor.