A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Começa nesta segunda-feira (4) mais uma edição da Expodireto, feira que coloca o Rio Grande do Sul no holofote da agricultura de precisão. Até a próxima sexta (8), o município de Não-Me-Toque, no norte do Estado, será capital do que há de mais tecnológico para o setor produtivo.
Este ano, a exposição tem um fator novo em relação às duas últimas edições, que é o Rio Grande do Sul não estar em uma condição de seca. Nei Manica, presidente da Cotrijal, realizadora da feira, diz que o cenário favorável aos gaúchos aquece as expectativas, mas não afasta as preocupações:
— Mesmo que o clima tenha normalizado, não podemos esquecer de trabalhar. E teremos aqui painéis para melhoria dos processos da irrigação e da reservação de água. Não podemos esquecer e achar que está resolvido.
Em relação aos negócios, a expectativa é de, pelo menos, empatar com o ano passado, quando a comercialização foi recorde em R$ 7 bilhões. O contexto este ano, no entanto, é de maior dificuldade no setor de máquinas. O segmento teve queda de 13% nas vendas no ano passado.
— Negócios sairão, com certeza. E se chegar ao último valor, vai ser um sucesso. Temos perspectiva de safra boa no Rio Grande do Sul, mas no Brasil temos problemas e muita gente de fora vem comprar. Outro fator que pode comprometer é o preço das commodities. Isso pode inibir a compras — diz Manica.
São esperadas mais de 320 mil pessoas nos cinco dias de feira. Nesta segunda, autoridades como o ministro da Agricultura Carlos Fávaro dão a largada na programação.