A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
As vagas abertas em seleções de diferentes empresas do agronegócio evidenciam uma realidade apontada por números. O setor fechou o segundo trimestre com 28,3 milhões de trabalhadores, um novo recorde da série histórica de levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Os segmentos de insumos e agrosserviços puxaram a alta e refletem a produção no campo: apesar da estiagem no Rio Grande do Sul, a safra 2022/2023 de grãos bateu recorde no Brasil, conforme a Conab. Os rebanhos também cresceram no período.
Uma das gigantes na produção de proteína animal, a JBS contratou 7 mil novos funcionários na primeira metade do ano. Agora, está com mais 5 mil vagas abertas para diversos Estados, incluindo o RS. As inscrições são pelo site. Para a gerente-executiva de recursos humanos da marca, Priscila Damiani, as oportunidades se devem aos novos negócios:
— A população mundial está aumentando. Há oportunidades para a gente trabalhar para esse mercado externo (com exportação) e gerar oportunidades de emprego no país (Brasil).
No caminho para a seleção, o treinamento é outro indicador importante. A Armac, empresa de locação de máquinas e serviços, percebe um aumento na procura por capacitação para a operação de máquinas pesadas. Em parceria com a Yara Brasil, lançou um curso de operação de máquinas pesadas só para mulheres. O treinamento será ministrado pelo Senai de Rio Grande e vai preparar 32 profissionais para a operação de pás carregadeiras. As inscrições estão abertas e podem ser feitas aqui.
— Historicamente, é um mercado muito masculino. Então, quando a gente começa a ter esse tipo de iniciativa, de certa forma, consegue abrir novos horizontes, facilitar um pouco essa porta de entrada — observa Renato Barros, vice-presidente de Operações da Armac.