A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
É pela visão, pelo olfato e pelo paladar que a oficina de harmonização da 46ª Expointer busca trazer o campo à mesa dos visitantes que circularem pelo pavilhão internacional até o próximo domingo (3). Chegando à terceira edição, a atividade gratuita e aberta ao público traz ao cardápio neste ano para degustação vinhos brancos e tintos, espumantes, suco de uva, doce de leite, queijos, salames e embutidos produzidos em diferentes regiões do Estado. Mas afinal, harmonização é agro?
Para os dois ministrantes da oficina, o sommelier Ricardo de Oliveira e a médica veterinária Cristina Grecellé, é. E é muito!
— Todo o trabalho feito no campo vai ser muito melhor aproveitado e reconhecido se o público conhecer e provar o que é feito a partir da propriedade rural — defende Cristina.
Durante a oficina, por exemplo, a veterinária apresenta um queijo e explica que a maciez dele é sentida na boca por ter sido feito com leite de vacas que se alimentaram apenas de pasto, por exemplo. Já Ricardo serve um vinho com um gosto mais doce, e atribui essa qualidade ao calor da região da Campanha, onde foi produzido.
Também são apresentados em cada uma das atividades diferentes produtos com certificações importantes, como é o caso da Indicação Geográfica, dicas de harmonizações e de serviço — como refrigerar um vinho e segurar uma taça, por exemplo.
Na avaliação do sommelier, além de divulgar a qualidade e como o produto gaúcho é produzido, a iniciativa pretende incentivar o consumo de produtos locais:
— Buscamos apresentar ao público os nossos rótulos, que fazem bonito lá fora, voltam com medalha no peito, e muita gente nem sabe. E que é muito fácil harmonizar o vinho, por exemplo, com comidas.
As oficinas, organizadas pelo Programa Juntos Para Competir, estão ocorrendo todos os dias de feira, até domingo (3), em três horários diferentes, no pavilhão internacional do parque Assis Brasil, em Esteio.