Entre as metas do novo presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcilio Drescher, está a participação do setor na Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, em novembro, no Panamá. Natural de Santa Catarina e também produtor, o dirigente vive no Estado desde 2006, nesse período tendo atuado na diretoria da entidade. Ele falou à coluna sobre esse e outros temas. Leia trechos da entrevista abaixo.
A Afubra tem um sistema de indenização por perdas por granizo que é referência e está na origem da entidade. Qual a importância da ferramenta ?
O objetivo maior quando se pensou na criação de uma entidade era nesse sentido, de fazer a união dos produtores, de procurar uma segurança nesses momentos imprevisíveis. Quando não se conseguiu uma seguradora, a própria Afubra começou o sistema: criamos um caixa e dele se destina um recurso para indenização. Hoje temos mais de 80% dos produtores que aderem ao sistema espontaneamente. Mais do que nunca, está consolidado.
Que desafios tem neste momento o produtor da cultura?
Quando vêm novas medidas restritivas. Não incentivamos o consumo, mas queremos liberdade para produzir tabaco e atender à demanda global. Exportamos mais de 90% do tabaco para mais de cem países. Também orientamos para que não se aumente a produção, para não haver excesso na oferta, para haver equilíbrio na oferta e demanda.
Como a entidade atua no apoio para que haja a diversificação de culturas?
Desde o princípio, a Afubra fazia o papel de diversificação e oferecia essa oportunidade. Tem orientação e acompanhamento técnico. Além disso, Expoagro Afubra é uma demonstração da diversificação, são eventos que se fazem para fortalecer todos os programas para que o produtor diversifique. Quanto mais diversificado, mais seguro estará.
Quais devem ser as principais ações na sua gestão?
Uma das questões é para que o setor de produção possa participar da Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. O governo tem de abrir portas, para que sejamos ouvidos. Nunca fomos aceitos, queremos um assento nesse debate. Estamos trabalhando muito forte para isso. Também vamos atuar forte no diálogo com os associados, que são um número muito grande. Pretendemos fazer reuniões regionais, chegar mais próximo do associado.