O decreto estadual de emergência zoossanitária é só uma questão de tempo no Rio Grande do Sul. Literalmente. O documento está pronto, apenas pela assinatura do governador e publicação, como informou o secretário da Agricultura, Giovani Feltes, em entrevista à Rádio Gaúcha. A decisão era esperada e vinha sendo alinhada, de forma conjunta, pelos três Estados do Sul. A ideia é ter uma espécie de coesão do “bloco”.
Nacionalmente, já existente decreto emitido em 22 de maio, quando o Brasil teve os primeiros registros da influenza aviária, em animais silvestres.
Com um foco notificado em ave doméstica, Santa Catarina foi o primeiro a adotar a medida, ainda na semana passada. O Paraná comunicou a decisão na terça-feira (25).
E o Rio Grande do Sul vinha avaliando a ação. É também por uma questão de tempo que se opta pelo mecanismo. O principal ponto da emergência zoossanitária é agilizar a liberação de recursos necessários para o trabalho de combate ao vírus.
Como disse o titular da Agricultura paranaense, Norberto Ortigara, é uma medida protetiva.
No atual cenário, o status sanitário brasileiro, de livre de gripe aviária, se mantém junto à Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa). Apesar disso, o Japão, por exemplo, impôs restrições às importações de frango de Santa Catarina. Uma missão brasileira agora em solo oriental busca reverter essa situação.
O Brasil é o maior exportador mundial de frango. E os três Estados do Sul concentram a produção de frango brasileira: ocupam as três primeiras posições do ranking. Logo, têm o maior interesse em proteger os aviários comerciais, que representam uma força econômica.
Até esta quarta-feira (26), o Brasil somava 69 focos da doença, de acordo com monitor do Ministério da Agricultura.