Na matemática dos recursos para a equalização do crédito rural, o governo federal tem se dividido entre um Plano Safra e outro. Nesta terça-feira (6), na abertura do Bahia Farm Show, evento em Luís Eduardo Magalhães que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi anunciado o acréscimo de R$ 3,6 bilhões para o pacote vigente, que vai até o dia 30 deste mês. Até essa data, o que vale é o montante disponibilizado para o ciclo 2022/2023. Nos últimos anos, a demanda em alta e o orçamento apertado da União têm feito as linhas se esgotarem muito antes do término temporal.
No evento, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comunicou a liberação de outros R$ 4 bilhões para a linha em dólar criada via Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). E que, nesta etapa, permitirá aplicação em construção e ampliação de armazéns, irrigação, formação e recuperação de pastagens, geração e distribuição de energias de fontes renováveis e regularização ambiental da propriedade rural.
— A linha dolarizada parou de ser só para investimentos em máquinas, é linha de crédito para programas — disse Fávaro.
Enquanto vão sendo adicionados retalhos ao cobertor curto do crédito em vigor, uma nova coberta é preparada para encarar a produção no ciclo 2023/2024. Esperado para esse mês, o anúncio do Plano Safra não tem data definida.