A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Segunda data mais movimentada no ano para as floriculturas depois do Dia das Mães, o Dia dos Namorados, celebrado na próxima segunda-feira (12), é esperado com expectativa pelos floristas no Rio Grande do Sul. A projeção da Associação Rio-Grandense de Floricultura (Aflori) é de crescimento de 5% a 10% nas vendas em relação à data no ano passado.
A expectativa de alta vem como alento para o setor, que viveu momentos difíceis durante a pandemia. A menor demanda de consumo retraiu também a produção de flores no país, que somente agora começa a recuperar parte da oferta devido ao tempo que o plantio exige.
A redução na produção foi ainda mais intensa no Rio Grande do Sul, segundo o presidente da Aflori, Walter Winge. Como o mercado local é o principal destino das flores gaúchas, o consumo menor fez com que muitos produtores substituíssem os plantios pelos hortifrútis e abandonassem a atividade.
— O movimento de procura está voltando aos patamares anteriores, mas tem ainda o problema da oferta, porque a produção tem o seu tempo de retomada. No Dia das Mães, essa falta fez mais sentido e as flores subiram muito (de preço). Agora, esperamos que seja menos — diz Walter Winge, presidente da Aflori.
"Pela simbologia do amor", diz Winge, as rosas vermelhas são "imbatíveis" nas vendas para o Dia dos Namorados. Depois delas, os arranjos de flores variadas entram na preferência dos românticos.
Cerca de 95% das rosas comercializadas por aqui vêm de fora do Rio Grande do Sul. A produção nacional se concentra em regiões de São Paulo e Minas Gerais. Outra parte significativa do mercado de flores é importado de outros países. As rosas colombianas, por exemplo, são consideradas de primeira linha e muito procuradas pelas floriculturas.
Este ano, a chegada antecipada do frio no centro do país provocou atraso na produção de flores, demandando ainda mais a importação de flores para abastecer o mercado nacional.