A agenda da comitiva do governo federal a Hulha Negra, nesta quinta-feira (23), ainda não está confirmada oficialmente, mas a coluna apurou que a visita deve ser em uma área entre os assentamentos Meia Água e Unidos Venceremos, na comunidade Nossa Senhora de Fátima. Integram o grupo os ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, além de Edgar Pretto, indicado para a presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Por questões logísticas, a previsão inicialmente era de que a comitiva desembarcasse em Pelotas e, de lá, se deslocasse para Hulha Negra. O novo trajeto prevê desembarque em Canoas e troca de avião para voar até Bagé. De lá, seguindo ao destino final. Também devem acompanhar a visita integrantes de entidades representativas. Consultado pela coluna, o governo do Estado afirmou que ainda não foi informado sobre a vinda, mas que equipes estarão junto, caso se confirme.
Presidente da Famurs e prefeito de Restinga Sêca, Paulinho Salerno estará no local e reforça que a expectativa é de que sejam anunciadas medidas de apoio para o enfrentamento da estiagem. Sobre a ajuda considerada mais urgente, afirmou:
— É a renegociação de dívidas. Os produtores ficarão com dívidas, terão de renegociar para poder ter crédito na próxima safra.
Outro item destacado pelo dirigente é a criação de linhas de crédito para a irrigação, e a celeridade na liberação dos recursos emergenciais para os municípios em situação de emergência.
— Não se sabe quando termina a estiagem. Há uma perspectiva de normalização a partir de abril, maio, mas isso é uma expectativa. A gente (os municípios) terão um custo para frente ainda — completa Salerno.
Até esta terça-feira (21), 315 municípios gaúchos haviam decretado emergência por conta da estiagem, segundo a Defesa Civil. Desses, 184 tiveram a situação homologada pelo Estado e, 184, reconhecida pela União.